"... :
Eu sei que te fiz muitas coisas que te magoaram, só depois de acabares comigo é que eu me apercebi das coisas, da maneira que te tratava, das traições, tudo. Eu não te peço desculpa, porque isso já fiz muitas vezes e desta não tenho perdão.
Espero que tenha corrido tudo bem em relação ao aborto, acredita que eu gostava muito de ter estado contigo ao teu lado para te apoiar.
A aliança vai junta com a carta, podes fazer o que quiseres dela, mas gostava muito que a guardasses contigo.
A minha aliança não vai sair do dedo, como eu não posso ter para mim, pelo menos posso imaginar isso.
Eu só vou pedir uma única coisa, peço-te que me deixes ter uma conversa contigo, não eu não peço, eu imploro-te.
No caso de não aceitares quero que saibas que não consigo viver sem ti e que foste e és a única rapariga que amei e continuarei a amar em toda a minha vida.
Espero que aceites estes míseros beijos deste anormal que te ama muito.
Amo-te"
Eu não quero, mas as lágrimas escorrem-me pela cara ao re-ler estas palavras tuas... estão todas guardadas numa caixa que chamo de "caixinha das memórias".
Tudo o que escrevi foi uma cópia integral de folhas rasgadas de um caderno que usavas para escrever tudo e mais alguma coisa... não retirei um único ponto, parágrafo ou vírgula... apenas o meu nome e o teu.
Como sabes, guardei a minha aliança até aos dias de hoje. Olho-a diversas vezes com o mesmo carinho e amor de sempre...
Onde deixaste todo este amor? Como fizeste para te separar dele?
Não consigo ter essa força, se assim lhe pudermos chamar... amo-te ainda por demais...
Porque continuamos a querer tanto quem não podemos ter?
Porra de lágrimas teimosas...